segunda-feira, janeiro 14, 2008

O cara

aconteceu_traveco Essa me contaram há muito tempo. Não vou citar nomes pela obviedade, claro. Mas vamos lá.

Sabe aquele cara, que antes de ganhar o mundo sozinho, teve que passar na casa do tio da mulher, da sogra, da mãe da tia da mulher? Poizé... todo mundo quer ser alguém na vida. E José queria começar o ano com o pé direito.

Madrugada de 1 de janeiro de algum ano dos 90. O cara já tinha tomado todas. Deixou a família em casa e saiu. Destino: Boate Tropical, do Tropical Hotel Tambaú. Orla de João Pessoa.

Whisky na mesa. Gente dançando e o cara só o bagaço. O garçom quase não compreendia sua língua. Uma mistura de persa com dialeto hindu. Coisa incompreensível.

Mais uma dose e os olhos de José ascendem para uma loira que não parava de lhe olhar. Ele olhava do lado para o outro para saber se era com ele mesmo. Depois de uns goles, teve a certeza de que sim.

Pensava com ele mesmo:

- Tá me olhando.

Chamou ela pra sentar na mesa. Todo Mundo olhou.

- Pourra, tô arrasando.

Cochichou no ouvido dela. E todo mundo de olho.

- Eu sou foda. Tô pegando geral. - Não acreditava no que acontecia.

Chamou ela pra dançar.

- Tô incomodando. -

Alisou a nuca e beijou na boca.

- Eu sou o cara! Eu sou o Cara!

Saiu de lá. Seguiu para o motel mais próximo.
Chegou no motel e deitou. Roçaram ali, aqui. Veio a surpresa:
Ela (?!) tinha algo a mais entre as pernas.

Mas o cara não perdeu a viagem.
E ainda saiu sem troco, mas no lucro.
Dependendo do ponto de vista, claro.